A Câmara de Vereadores de Maceió quer aumentar de 21 para 25 o número de parlamentares da capital alagoana. A Comissão Conjunta de Constituição e Justiça (CCJ) da câmara, argumenta que a população da capital aumentou nos últimos 30 anos e que o número de parlamentares deve ser proporcional ao tamanho de habitantes.
Tudo isso sob a égide da lei, bradada aos quatros cantos pelos vereadores. A presidente da CCJ, vereadora Fátima Santiago (PP), destaca que pela legislação federal o número de vereadores de Maceió deveria ser 31. O argumento para o aumento se dá por conta do aumento populacional de Maceió. A afirmação tem como embasamento os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proposta só não foi ainda levada a diante graças ao Movimento Brasil e diversos líderes comunitários de vários bairros de Maceió, que foram a Câmara no dia da sessão para pressionar os vereadores a abortar o projeto, que como todos sabem onerará ainda mais o contribuinte, que vive abarrotado por altos impostos e que não recebem devido retorno.
O Movimento Brasil também entrou, junto ao Ministério Público Estadual, que recomendou à Câmara Municipal de Maceió a suspensão do aumento do número de vereadores até que a matéria seja amplamente discutida.
A posição dos vereadores deixa claro que a Câmara de Maceió vive num universo paralelo totalmente desconectado da realidade dos pagadores de impostos, que bancam essa farra imoral com dinheiro público.
O País hoje conta com 12 milhões de desempregados e atravessa a sua pior crise econômica e política. Não é difícil encontrar algum conhecido desempregado ou que tenha fechado a sua empresa por não aguentar o ambiente de negócio desfavorável, altos impostos e tantas outras externalidades, enquanto meia dúzia de burocratas, querem aumentar esse rombo com mais despesas, num estado que já conta com um dos piores índices sociais e econômicos do país.
Já que a vereadora Fátima Santiago gosta tanto de acompanhar os dados do IBGE, deveria saber que Maceió encabeça a lista das capitais onde os vereadores ganham mais que a média salarial do município. O salário do vereador é de R$ 18.986,00 e a média salarial do contribuinte é de R$ 1.710,00. Aumentar o número de vereadores, é aumentar essa despesa e a discrepância extremamente desproporcional.
Se tem uma proposta que deveria prosperar na Câmara era a de diminuir o número de edis, cortar seus penduricalhos que são totalmente desnecessários e congelar seus já altos salários.
O problema da Câmara de Maceió é de qualidade e não de quantidade.
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