Que as usinas de cana estão quebradas isso todo mundo já
sabe há muito tempo, o que não corresponde com a realidade de seus herdeiros,
esses vão muito bem, diga-se de passagem. O setor que já foi um dos que mais empregava em Alagoas é o mesmo que ainda hoje dar prejuízo ao Estado, consequentemente a nós que sustentamos muito bem o governo através de impostos. A aristocracia do açúcar aprendeu
muito bem a viver assim.
Prazos maiores, isenções, reduções da carga tributária, tudo
que o pequeno e médio empresário nunca teve as nossas grandes massas falidas
ganham com frequência de todos os governos que entram, tudo para manter uma
produtividade que a cada ano só declina. Segundo os usineiros devido as externalidades
que eles não conseguem controlar, como por exemplo a estiagem, um dos principais
motivos do prejuízo na safra.
Nada justifica essas empresas centenárias reclamarem e culpar todos a sua volta, culpam todos menos eles próprios, não fazem nem mea culpa. As usinas não se organizam porque mantém uma gestão engessada e uma estrutura muito defasada, totalmente improdutiva, não
investem em tecnologia, também mantém ainda uma gestão coronelista do
tempo de seus antecessores. Pararam no tempo.
Salvam-se raras exceções diante de um mercado com tantas
usinas, principalmente aqui em Alagoas que já foi o segundo maior produtor do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo.
Recentemente 7 usinas
entraram com pedido de recuperação judicial, fazem isso depois de usufruir da
boa fé dos fornecedores durante a safra e que caso o pedido de recuperação seja aprovado dificultará ainda mais que os fornecedores recebam o que lhe são devidos, enquanto isso a aristocracia do
açúcar vive desse capitalismo torno de compadrio, de estreita relação entre os
empresários e o governo, isso quando eles não são o próprio governo ou se
candidatam para legislar em causa própria.
É isso que dá quando envolvemos o público com o privado,
pagamos uma conta que não é nossa e continuamos a pagar, sustentando
verdadeiras massas falidas que vivem desse protecionismo estatal desde sempre,
mimados por vários governos não sabem viver e arcar com seus prejuízos.
Infelizmente continuamos a penalizar milhares para
beneficiar uma pequena casta cheia de privilégios, enquanto seus fornecedores fecham as
portas, seus funcionários passam fome e Alagoas continua atrasada.
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