Na política o amigo de hoje é o inimigo de amanhã (e
vice-versa). Na verdade na política o máximo você adquire é um aliado, e esse
será seu aliado até que a própria política os separem, exemplos temos aos
montes.
Na cidade de Marechal Deodoro não foi diferente, para a
disputa desse ano o destino reservou que o futuro da cidade ficasse entre o
vereador Cacau e Júnior Dâmaso, até então aliados e críticos ferrenhos da atual
gestão do pmdbista Cristiano Matheus.
A dobradinha Cacau e Júnior Dâmaso vinha crescendo, a dúvida
ainda pairava em quem seria o candidato a prefeito e o vice, e nenhum dos dois
na época cedeu para o outro, assim dificultando a escolha.
Mas o que aconteceu para esse rompimento ser consolidado?
Simples. O interesse do PMDB (leia-se o Senador Renan
Calheiros) em manter seu poder e sua meta de fazer o máximo de prefeitos
possíveis com sua própria legenda. Como Cacau não sairia do PSD, Júnior Dâmaso
foi escolhido pelo PMDB para a disputa, e isso bastou para que ele pulasse para
o lado que outrora era crítico feroz.
A postura de Dâmaso é considerada normal no meio político,
dos que enxergam a política com sangue frio e estômago forte, mas o curto espaço de
tempo entre as críticas que ele fazia a gestão de Cristiano Matheus com agora
tendo que elogiar e “manter o legado” soa no mínimo como oportunismo, o
que o prejudica e fornece retórica ao adversário.
Sendo assim Cacau leva uma pequena vantagem no pleito por
manter o que sempre defendeu, enquanto Júnior Dâmaso vai ter que aguentar firme
os questionamentos da sua repentina mudança de opinião com relação a gestão do seu "mais novo amigo" Cristiano Matheus.
Sorte dele é que na política tudo se explica.
É aguardar pra ver.
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