O cenário político no Brasil hoje é um divisor de águas, em
especial no sentido de observarmos bem nossos representantes. Não daquela forma
simplista e individual, de no mínimo lembrar em quem votou, mas sim de analisar
todo o conjunto da obra.
Depois do show de horrores da sessão de votação do
impeachment na Câmara, todos ficamos abismados com o nível dos deputados que
tomam conta do Brasil, por assim dizer. Ironicamente o nível dos argumentos
eram os mesmos do impeachment de Fernando Collor em 1992.
Isso deveria nos fazer pensar: Se na Câmara Federal está
nesse nível, o que pensar dos deputados estaduais e vereadores dos mais
distantes e esquecidos estados e municípios desse nosso enorme país, controlando
o destino de grandes cifras de recursos públicos?
Seria até um clichê falar que somos culpados pelos
representantes que temos, pois sabemos muito bem que eles estão lá com o nosso
voto, mas o que acontece sempre é que medimos todos pela mesma régua e soltamos
a celebre frase que conforta, para nos livrar daquele sentimento de culpa: “Todos vão roubar mesmo,
então vou votar em fulano”.
Nosso sistema político está viciado, nossa democracia tão
jovem e já tão estragada, precisa urgentemente passar por uma reforma.
A mentalidade do eleitor é espelho do que temos hoje no
Congresso Nacional, e que consequentemente vai ramificando para as demais
esferas do poder público no Brasil, da Presidência da República ao mais simples
funcionário público.
Em seu discurso na ONU, Dilma disse que o Brasil tinha
construído uma pujante democracia. Errou, o Brasil construiu ao longo de sua história um pujante
clientelismo, e é nele que figuras como Lula, Eduardo Cunha e Renan Calheiros
se destacam com maestria.
Estou no Twitter: @vanildoneto
@BlogPoliticaAL
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