A tão esperada lista do Procurador-Geral da República, Rodrigo
Janot, mostra o protagonismo de um Estado tão pequeno como Alagoas, mais uma
vez de forma negativa. Todos os três Senadores do Estado (Renan, Collor e Biu),
foram citados na lista de políticos que serão investigados na Operação Lava
Jato.
Não satisfeitos em ter 100% do senado alagoano na “lista de Janot”, de quebra,
o Deputado Arthur Lira também entrou na baila. Lira não é só um deputado
alagoano na lista, ele é o recém-eleito
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Nada de mais, apenas uma das comissões
mais importantes do Congresso Nacional.
E pensar que no ano passado, nas eleições por aqui, o pleito ficou polarizado
entre “Renan's e Lira's”, e mesmo assistindo diariamente o guia eleitoral,
acompanhando os bastidores de cada campanha, não conseguia decidir entre um ou
outro grupo, sendo eles os principais, e muito menos os demais mostravam algo
de diferente, para além das suas particularidades.
Reelegeram Collor para o Senado, diga-se de
passagem, com uma margem de diferença esmagadora para a segunda colocada,
Heloísa Helena. Tentaram me convencer de que deveria escolher o menos pior,
vejam só. Foi aí que decidi meu voto de verdade, entre eles, não tinha o menos
pior.
É certo que teoricamente o governo de Renan
Filho está isento nessa lista, mas nela consta o nome do seu principal cabo
eleitoral, o Senador Renan Calheiros.
O Presidente do Senado, por sua vez, já partiu
para a ofensiva, junto com Collor e mais alguns listados, pretendem abrir uma
CPI contra o Ministério Público e seu principal alvo, o Procurador-geral da
República, Rodrigo Janot. Entre os
focos das investigações (se não o principal), estariam os encontros entre o
procurador-geral da República e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
dias antes de a lista ser encaminhada ao STF.
A
atitude do Senador Renan Calheiros abre um precedente
enorme, para que qualquer acusado, em qualquer coisa, tente desconstruir
instituições antes mesmo de tentar se defender. Assim invertendo a ordem e o entendimento
inicial, saindo pela tangente, passando de investigado para investigador.
Ah, e a partir de agora, quando me perguntarem por que não escolhi
um daqueles candidatos para votar na eleição passada, direi adaptando aquela famosa frase quando citamos Freud: “Janot explica”.
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