Joaquim Gomes é uma cidade do interior de Alagoas que fica a
62 km da capital Maceió. Na última quarta-feira (7), a Câmara de Vereadores da
cidade, decidiu cassar o mandato do então Prefeito Toinho Batista, após apurar
denúncias de improbidade administrativa, por uma Comissão Especial de Inquérito
(CEI).
O Prefeito estava afastado desde abril de 2014, mas a Câmara
se mantinha inerte quanto a investigar e punir, caso fosse necessário. Em
outubro de 2014, oito vereadores da cidade foram presos acusados de receber
dinheiro para integrar base aliada do prefeito Toinho e, apoiar as decisões do
executivo sem a devida fiscalização, que cabe a uma vereança responsável. Todos
foram afastados, dando lugar aos seus suplentes.
Daí pra frente foram apenas três meses para que a nova Câmara
criasse a CEI e, desse andamento ao processo de cassação, que por 10 votos a 1,
assim aconteceu na sessão dessa quarta-feira (7).
Poucos foram os jornais – pelo menos que eu tenha visto – que
divulgaram a notícia da cassação do prefeito Toinho, ou não deram à devida
importância a notícia, como foi a da prisão dos oito vereadores em outubro, por
exemplo. Chega ser inédito algo desse tipo, principalmente aqui em terras
tupiniquins.
Algo parecido poderia ter acontecido em Rio Largo, cidade
pioneira em ter oito, dos dez vereadores presos direto de uma sessão na Câmara
Municipal (os outros dois ficaram foragidos), fato que ficou conhecido como o “Expresso da Corrupção”, onde além
dos vereadores, o prefeito (que é o atual, de novo) e mais alguns integrantes
da Prefeitura também foram presos, numa operação que investigava a suposta venda de um terreno para a construção de casas populares, porém ele teria sido vendido para iniciativa privada,
por um valor muito abaixo do mercado.
O fato aconteceu em 2012, na época, os vereadores foram
afastados e seus suplentes assumiram, entretanto atuaram sem vontade alguma, nada fizeram para continuar as investigações e cassar os mandatos dos que ali
foram acusados. Hoje, o processo segue pelas gavetas do nosso judiciário, sem
nenhuma preocupação de sair de lá.
Os vereadores de Joaquim Gomes deram exemplo, puniram quem prejudicava o erário, fizeram como se deve ser, mas
infelizmente quase nunca - para não generalizar - acontece dessa forma.
Enquanto isso, em Rio Largo... só CEI que nada CEI.
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