Só hoje
estou tendo tempo de tecer algumas palavras sobre a tragédia que abalou o
Brasil nessa semana, o acidente de avião que vitimou sete pessoas, entre elas o
Presidenciável Eduardo Campos (PSB). Um acidente cheio de simbolismo. Foi num
dia 13 de agosto, coincidindo com o mesmo dia de morte de seu avô Miguel
Arraes, sendo esse referência Mor para Campos.
Essa
tragédia faz vítimas e desestabilizam suas famílias e que devem, acima de tudo, ser respeitadas
e compreendidas. Que a dor deles não virem espetáculo para aliados e muito menos
para os adversários.
Eduardo
Campos foi um político que deixa um legado incrível em Pernambuco, em oito anos
ele transformara o Estado numa verdadeira potência do nordeste. Virão aqueles a
dizer: “Mas foi graças ao Lula que ele conseguiu tudo isso!”. Respondo: Que bom
que ele aproveitou muito bem os recursos enviados pelo Governo federal, que bom
que ele transformou seu Estado, foi um verdadeiro administrador público, os
números falam por si.
Particularmente
eu tinha muitas divergências ideológicas com Eduardo Campos, mas era o que mais
se aproximava em ter meu voto, até porque quem disse que para ser um bom
candidato precisa pensar igualmente a você. Tem quem discorde e ache que o
candidato bom é aquele marcha nos mesmos passos que o seu, que pense exatamente
igual, e se não pensa adota-se os pensamentos do candidato, tornando essa
sintonia um tanto quanto desequilibrada. Teorias conspiratórias bombam nas
redes sociais por todos os lados pelas aves de rapina que sobrevoam as
tragédias.
O
brasileiro é um povo muito saudosista e que para demonstrar respeito por
aqueles que se foram esquecem seus defeitos sobrando apenas suas qualidades.
Eduardo Campos tinha os seus e que foram muito bem abordados
na sabatina do Jornal Nacional um dia antes do acidente. Ficaríamos aqui o dia
todo pesando os prós e contras de Campos.
Em um
de seus programas eleitorais já gravados e divulgados recentemente no Youtube,
Eduardo Campos foi taxativo e sem rodeios ao afirmar que queria o PMDB e Collor
como oposição, não queriam eles juntos ao seu Governo caso eleito. Fato esse
impossível de acontecer com os outros candidatos mais bem colocados nas
pesquisas. Campos evitou os panos quentes e foi direto ao ponto, o ponto que
toda a sociedade havia de concordar.
O que
Alagoas poderia aprender com Eduardo Campos e Pernambuco está muito além da política partidária. Como geniosamente definiu Janaína Braga em seu Facebook: "Eduardo Campos cabia na lacuna da esperança".
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