O
Governador Teotônio Vilela (PSDB) terminará seu segundo mandato em dezembro
deste ano, foram oito anos de altos e baixos, mais baixos que altos é verdade,
mas algo me chamou atenção nos últimos meses, Vilela não tem mais aliados
graúdos ao seu redor, vem terminando seu segundo mandato praticamente sozinho,
arrastando Eduardo Tavares, neófito na política para uma das eleições mais
disputadas dos últimos tempos, e a mais difícil para o grupo palaciano,
principalmente. Talvez esse tenha sido o motivo do afastamento da base aliada,
a escolha por Tavares não agradou boa parte, para não dizer todos.
Thomaz
Nonô (DEM), seu vice, seria o candidato natural à sucessão - (vale ressaltar que em dois mandatos, Téo teve dois vices) - mas pesou a vontade
do PSDB Nacional em ter um candidato do partido. Daí surgiu os nomes de Marcos
Fireman e Luiz Otávio Gomes (LOG), super secretários de confiança de Téo Vilela
ao longo de seus mandatos. Fireman começou a montar uma mega estrutura para sua
campanha na esperança de ter seu nome aclamado para o posto, não foi. LOG não
deu muita trela para as especulações e deixou a onda levar, depois disso então
veio o nome do atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que garantiu seu
compromisso com seu recém/atual mandato e que não cogitava abandonar o barco.
Biu
de Lira (PP) que se diz candidato bem antes de todos estes achava que
conseguiria ser o candidato do Palácio. Vilela em seu melhor estilo de empurrar
com a barriga, aquele amigo que apoia todo mundo, conversou desconversou até
que de fato assumiu lançando o nome de Eduardo Tavares, esse sendo o novo,
termo já esgotado por todos os candidatos antes mesmo das eleições começarem.
Depois
disso, foi uma debandada só, quem tá quer sair, quem saiu tá com Biu, algo
realmente inusitado se tratando principalmente de um candidato que está com a
máquina nas mãos. Fireman e LOG, esses do PSDB de Téo e Tavares ainda não se
pronunciaram em apoio ao candidato do partido, recentemente o Democratas
anunciou a imprensa que irá conversar também com as demais bases políticas e
avaliar o cenário, se perder o DEM, o PSDB perde o que já não tem em tempo de
TV e rádio, fica cada vez mais difícil.
Téo
Vilela já foi amigo-irmão de Renan Calheiros, faziam dobradinha para o senado,
não mais. Conseguiu apoio de Ronaldo Lessa quando esse deixara o governo em
2006, não mais. Passou por Cícero Almeida em 2010 com o prefeito de Maceió em
alta popularidade, não mais. Sem contar que Téo é o tucano mais petista que já
vi. Até mais que o próprio PT alagoano. E isso não é prática única do
governador alagoano, em todo Brasil é do mesmo jeito.
Como
bem disse o jornalista Ricardo Mota em seu blog: "Nada surpreendente, em
se tratando de política: o inimigo de hoje é o aliado de amanhã e vice-versa.
Quem não tiver estômago preparado para digerir esse tipo de mistura, é melhor
nem sair de casa".
E
digo mais aos fanáticos/alienados/alucinados/partidários, até as convenções é
melhor ninguém sair por aí falando de ninguém para não queimar
a língua depois.
Estou no
Twitter: @vanildoneto
@BlogPoliticaAL
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